Motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife aprovam greve e 1,6 milhão de passageiros serão afetados

A tensão entre motoristas de ônibus e empresários de transporte de passageiros na Região Metropolitana do Recife chegou ao ápice com a aprovação de uma greve pelos rodoviários. Em assembleias realizadas nesta quinta-feira (20), tanto pela manhã quanto à tarde, a categoria votou de forma unânime pela paralisação, que está programada para iniciar no dia 26 de julho (quarta-feira).

Com a greve em vista, a situação se agrava para cerca de 1,6 milhão de passageiros que dependem diariamente do sistema de transporte público na Grande Recife. Essa será a segunda greve enfrentada pela gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB), que já enfrenta a paralisação dos trabalhadores em educação, programada para iniciar no dia 25 de julho, coincidindo com o retorno das aulas após o recesso de julho.

O clima de impasse e hostilidade entre as categorias tem impedido qualquer avanço nas negociações salariais. As tentativas de diálogo entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) não surtiram efeito, resultando apenas em trocas de acusações e nenhuma solução concreta.

Surpreendendo até mesmo o próprio sindicato, a aprovação da greve foi unânime nas duas votações realizadas na sede do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, em Santo Amaro, área central do Recife. O presidente do sindicato, Aldo Lima, esperava apenas a aprovação de um estado de greve, mas os motoristas decidiram pela paralisação completa.

Com o prazo curto até a data de início da greve, a expectativa agora é de que alguma negociação entre as partes ocorra durante a próxima semana para tentar reverter a situação. Caso contrário, a população da Região Metropolitana do Recife terá que enfrentar os impactos da paralisação, em meio a um cenário de tensão e incertezas quanto ao futuro do transporte público na região.