Prefeitura inova com tecnologia para avaliar saúde das árvores do Recife

Como um raio-x, técnica de penetrografia verifica a situação interna da vegetação, permitindo ações proativas para garantir sua segurança e vitalidade

Para aprimorar a gestão e a conservação da vegetação do Recife, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade iniciou o uso de uma nova tecnologia – a penetrografia – que vai fornecer informações valiosas sobre a saúde e a estrutura interna das árvores tombadas da cidade, assim como as do Jardim Botânico do Recife (JBR).  A primeira demonstração dos equipamentos aconteceu nesta terça-feira (10), no Jardim do Baobá.

A penetrografia indica como está a conservação estrutural da árvore por dentro. Ela revela detalhes como a presença de danos estruturais, cavidades internas e outros aspectos. Com uma agulha, o equipamento adentra no tronco da árvore, e, a partir da resistência à penetração, apresenta um gráfico, mostrando como está a densidade da madeira, fornecendo um resultado rápido. Dessa forma, a Secretaria terá uma visão mais abrangente das árvores da capital pernambucana, permitindo que sejam adotadas ações proativas para garantir sua saúde e segurança.

Além dessa tecnologia, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade também utilizará o equipamento de tomografia de impulso, uma técnica desenvolvida para avaliar o interior do tronco das árvores, e tem como objetivo evitar os riscos de queda ou supressão antecipada das árvores.

“Com o posicionamento de sensores no entorno da árvore, interligados entre si e a uma sonda posicionada no solo, é possível identificar a integridade da madeira no interior do tronco, por meio de uma imagem computadorizada gerada a partir de ondas mecânicas. A partir dessa constatação, podemos emitir um laudo que servirá para definir o melhor manejo a ser empregado”, explica Roberto Brederode, chefe da Divisão de Arborização da SMAS e presidente da Comissão de Árvores e Palmeiras Tombadas do Recife.

Segundo o Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Oscar Barreto, os instrumentos ajudarão a aprofundar as análises técnicas das árvores tombadas. “Na maioria das vezes, a saúde da árvore pode ser avaliada visualmente. Nos casos restantes, o uso do equipamento vai ser importante para uma avaliação técnica mais apurada. Com isso,  identificar o real estado interno da árvore e, assim, definir o melhor manejo”, disse Barreto.

Baobás, mangueiras e gameleiras são algumas das 54 árvores tombadas no Recife, desde 1979. Desde junho deste ano, a SMAS tem realizado um novo diagnóstico dessas árvores, avaliando as condições atuais desses indivíduos para atualizar o cadastro da lista das árvores tombadas da capital pernambucana.

Foto: Elimar Caranguejo

Assessoria de Imprensa PCR

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