Com acesso pela Avenida Norte, segunda etapa do Parque da Tamarineira começa a ser construída ainda este ano
Nova fase receberá investimentos da Prefeitura do Recife em torno de R$ 22 milhões e terá área acima de 40 mil m², quase o dobro da primeira etapa; edital da licitação foi publicado no Diário Oficial desta quinta (21)
Após o grande sucesso que foi a entrega da primeira etapa do Parque da Tamarineira, no ano passado, a Prefeitura do Recife vai construir a segunda fase do equipamento. A nova intervenção receberá investimentos em torno de R$ 22 milhões, em uma área de 40,4 mil m², quase o dobro do espaço que já vem sendo usado pela população, e terá entrada pela Avenida Norte. O hospital existente no local não será afetado. O anúncio da publicação do edital de licitação para as obras foi feito nesta quinta-feira (21), pelo prefeito João Campos e pelo vice-prefeito Victor Marques, e os trabalhos começarão ainda neste ano.
“A gente está lançando a licitação no dia de hoje, para, após o processo licitatório, começar as obras ainda esse ano. Um pouco mais de R$ 20 milhões de reais vai ser o valor total desta obra. Temos aqui 40 mil m². A maior parte dessa área é uma mata natural no coração da cidade, vamos ter um mínimo de intervenção possível para ter muito solo natural, para valorizar os elementos naturais do parque, para preservar. Garantindo uma área que vai ser duas vezes maior do que o atual parque da Tamarineira, então é isso, lançamos a licitação e até o final do ano iremos dar a ordem de serviço para começar as obras”, afirmou o prefeito, João Campos.
Por estar quase toda dentro do Setor de Conservação Ambiental (SCA), área de proteção mais rigorosa, a segunda etapa do Parque terá 86% de solo natural e características muito mais naturalizadas do que a primeira. Os usuários contarão com equipamentos e brinquedos que estimulam o contato com a natureza. Além disso, serão plantadas cerca de 400 árvores e palmeiras, todas nativas. Pela lei, o SCA precisa ter no mínimo 80% de solo natural.
Um dos grandes elementos estruturadores da segunda etapa será um passeio para pedestres e ciclistas, grande eixo que conectará as avenidas Rosa e Silva e Norte, permitindo a travessia por dentro do equipamento. O pórtico histórico será requalificado e funcionará como ponto inicial do percurso. Logo após o pórtico, haverá um playground com brinquedos de madeira, como a pirâmide de toras de madeira. Seguindo o passeio de pedestres, o visitante encontrará três grandes decks redondos de madeira com plataformas de diferentes alturas, que servirão para múltiplos usos, como encontros, descanso e picnics.
Na Matinha, haverá a maior concentração de usos e atividades do Parque, como pista de cooper naturalizada medindo 500m; decks de madeira com bancos, mesas e espreguiçadeiras; anfiteatro, playground com diversos tipos de brinquedos em madeira; mesas para picnic; e redários. A Matinha ganhará também, pela primeira vez no Recife, os “núcleos regenerativos”, espaços de plantio intensivo de espécies nativas que auxiliam na restauração ecológica e na biodiversidade. Atualmente, boa parte da Matinha é composta por espécies exóticas.
O Canal do Jacaré, que passa por dentro do Parque, será totalmente requalificado. Além disso, o Parque vai ganhar uma grande praça de acesso pela Avenida Norte, que contará com estrutura para pérgolas de madeira, quiosques de alimentação, bancos, estação para bicicletas compartilhadas, arborização e paisagismo, sempre priorizando espécies nativas da mata atlântica.
DRENAGEM – Para melhorar a drenagem da área, foi construído um reservatório sob o passeio principal, que vai da Avenida Rosa e Silva até a Avenida Norte, com dispositivos de coleta para o encaminhamento adequado das águas pluviais, garantindo a destinação correta da água superficial e evitando sobrecarga na infraestrutura do entorno.
No interior da Matinha, foram projetadas três bacias de infiltração, estrategicamente localizadas nos pontos de maior risco de alagamento, para promover a absorção da água pluvial no próprio solo. O objetivo dessas intervenções é garantir que os pontos baixos naturais do parque, que são mais suscetíveis ao acúmulo de água, não sejam inundados, preservando assim a funcionalidade e a integridade do ambiente, além de proporcionar maior segurança para os visitantes e as áreas adjacentes.
“Aqui é uma área que a gente chama de Matinha, porque literalmente é uma floresta dentro, no coração da nossa cidade. Sabemos como a primeira etapa do Parque da Tamarineira foi um sucesso e a segunda não será diferente. A licitação está na rua, vamos ter obra ainda este ano e será um parque muito diferente, um parque naturalizado, mas que estará à disposição de toda a cidade. E lembrando, ele vai ter uma conexão com a Avenida Norte, ou seja, da Rosa e Silva até a Avenida Norte, um parque público de qualidade”, destacou o vice-prefeito e secretário de infraestrutura, Victor Marques.
Quanto ao Canal do Jacaré, sua área molhada foi ampliada para aumentar a capacidade hidráulica do leito. Essa ampliação foi planejada para garantir que o canal possa comportar volumes de água maiores, especialmente em cenários de pico de vazão, sem comprometer a segurança e a eficiência do sistema de drenagem.
EQUIPAMENTO – Desde a inauguração de sua primeira etapa, no segundo semestre de 2024, o Parque da Tamarineira se tornou um dos principais equipamentos públicos da cidade, oferecendo à população espaços para crianças e adultos, como playgrounds, quadra poliesportiva, pista de cooper, fonte interativa e extensas áreas verdes.
Fotos: Edson Holanda/Prefeitura do Recife e imagens 3d do projeto
Assessoria de Imprensa