Dia Mundial do Coração
Doença coronariana, infarto e revascularização: doenças do coração exigem alerta e ação
A doença arterial coronariana permanece entre os maiores desafios à saúde pública: caracterizada pela obstrução das artérias que irrigam o coração, ela aumenta muito o risco de infarto agudo do miocárdio e, em casos avançados, exige intervenção cirúrgica de revascularização do miocárdio. A proximidade do Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, reforça a importância desse alerta e a necessidade de conscientizar a população sobre os cuidados preventivos com a saúde cardiovascular.
Dados divulgados em 2024 pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, por meio do estudo Estatística Cardiovascular Brasil, mostram que as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 382.507 mortes no Brasil, representando cerca de 21% de todas as mortes no país. Segundo o cirurgião cardiovascular do Real Instituto de Cirurgia Cardiovascular (RICCA), Dr. João Paulo II, a doença arterial coronariana tem alto peso, dada sua relação direta com o infarto e com a necessidade de revascularização. “Prevenir é sempre o melhor caminho, mas entender quando a cirurgia se torna necessária salva vidas”, esclarece.
No que se refere à revascularização miocárdica, um estudo ecológico que analisou procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2012 e 2022 revela que foram feitas 228.765 cirurgias de revascularização no Brasil nesse período. Esse dado mostra a magnitude do problema: muitos pacientes já chegam em estágio avançado da doença coronariana, o que poderia ser evitado com diagnóstico precoce e tratamento clínico bem conduzido. Para o Dr. João Paulo II, quando a obstrução arterial coronária é extensa ou quando episódios de angina, falta de ar ou histórico de infarto se repetem, pode ser que a revascularização cardíaca seja a opção mais segura para restaurar o fluxo de sangue ao músculo cardíaco e evitar sequelas elásticas graves.
Ele alerta que a cirurgia de revascularização do miocárdio ainda segue sendo o padrão ouro no tratamento de muitos pacientes, entretanto hoje já é possível realizar cirurgias de “pontes de mamária e safena” por técnicas menos invasivas e abordagens de acesso cirúrgico que propiciam menor trauma, reduzem o risco e reduzem o tempo de recuperação pós-operatório. Entre os fatores que tendem a levar à doença coronariana destacam-se: hipertensão descontrolada, níveis elevados de colesterol ruim (LDL), diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo e histórico familiar. “Muitos pacientes convivem por anos com sintomas sutis, como desconforto no peito ou cansaço, sem saber do risco que correm. O ideal é agir antes de chegar ao infarto”, alerta.
SERVIÇO:
Real Instituto Cardiovascular (Ricca)
Endereço: Av. Gov. Agamenon Magalhães, 4760 – Paissandu
Instagram: @ricca_rhp
Foto: Divulgação
Assessoria de Imprensa
Patrícia França