Bolsa Família pode subir de R$ 600 para R$ 700 em 2026 com novo orçamento federal
O Governo Federal reservou R$ 158,6 bilhões no orçamento de 2026 para o Bolsa Família, o que abre caminho para um possível reajuste no valor base do benefício, que atualmente é de R$ 600. A mudança depende do número final de beneficiários e da decisão política do governo sobre o uso da folga orçamentária.
Atualmente, 18,9 milhões de famílias recebem o benefício, mas o processo de revisão cadastral iniciado em 2025 reduziu o número de contemplados — e é justamente essa diminuição que pode viabilizar o aumento do valor mensal.
Cenários para o reajuste
Segundo estimativas internas, se o número de beneficiários permanecer estável, o custo anual do programa será de R$ 154,6 bilhões, sobrando cerca de R$ 4 bilhões no orçamento. Essa margem permitiria um aumento médio de R$ 17,59 no benefício.
Se mais 1 milhão de famílias deixarem o programa até dezembro, o reajuste poderia subir para R$ 56,60. E, caso a redução alcance 2 milhões de beneficiários, o aumento mensal poderia chegar a R$ 100,23, elevando o valor base para cerca de R$ 700.
Apesar de o Ministério do Desenvolvimento Social não confirmar oficialmente o reajuste, a equipe econômica reconhece que o espaço orçamentário existe e poderá ser utilizado conforme as prioridades do governo em 2026.
“A inflação está controlada e não há urgência em reajustar agora, mas não descartamos essa possibilidade”, afirmou o ministro Wellington Dias.
Valores e adicionais atuais do Bolsa Família
O valor médio pago às famílias é de R$ 683,42, graças aos adicionais oferecidos a grupos específicos:
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R$ 150 por criança de até 6 anos;
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R$ 50 por gestante;
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R$ 50 por criança ou adolescente de 7 a 18 anos;
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R$ 50 por lactante.
Esses complementos tornam o programa mais justo e ajudam a combater a desnutrição infantil, além de incentivar a frequência escolar.
Antes da pandemia, o valor médio do benefício era de R$ 191,77, o que mostra o salto significativo alcançado nos últimos anos.
Inclusão e controle
O governo mantém um processo constante de revisões cadastrais no Cadastro Único (CadÚnico) para evitar fraudes e garantir que o auxílio chegue a quem realmente precisa. Em outubro de 2025, quase 1 milhão de famílias pré-habilitadas aguardavam liberação para entrada no programa.
Reajuste ou ampliação?
Para 2026, o governo estuda duas alternativas:
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Reajustar o valor base — aumentando a renda mensal das famílias;
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Incluir novas famílias — priorizando a ampliação da cobertura social.
Com a inflação controlada e os preços dos alimentos estáveis, a tendência é que o governo priorize a expansão do número de beneficiários, garantindo que mais famílias vulneráveis tenham acesso ao auxílio.
Foto: MDS
Fonte: PronaTEC
