Programa Agroamigo do BNB completa 19 anos com R$ 35 bilhões aplicados na agricultura familiar

Produtores rurais pernambucanos receberam mais de R$ 3,9 bilhões no período

Fortaleza, 23 de maio de 2024 – Lançado há exatos 19 anos, o programa de microcrédito rural do Banco do Nordeste, Agroamigo, já ultrapassa a marca de R$ 35 bilhões aplicados na região Nordeste e parte dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. O montante foi distribuído em 7,6 milhões de operações, beneficiando 2,9 milhões de empreendedores rurais. Apenas em Pernambuco, o BNB investiu R$ 3,9 bilhões por meio do programa.

Programa já beneficiou 2,9 milhões de empreendedores rurais

O Agroamigo também contribui para a inclusão financeira, bancarizando clientes e mantendo uma adimplência de quase 97%. Em 2023, pela primeira vez em sua história, os contratos com mulheres ultrapassaram os financiamentos realizados com homens.

“Estamos extremamente orgulhosos dos resultados alcançados pelo Agroamigo ao longo desses 19 anos. O programa tem ajudado a transformar a realidade da agricultura familiar na nossa região, promovendo desenvolvimento econômico, inclusão social e financeira. A trajetória do Agroamigo reflete o compromisso do BNB com a melhoria da qualidade de vida dos pequenos produtores e a sustentabilidade do meio rural”, afirma o presidente do BNB, Paulo Câmara.

Destaque em evento internacional

O desempenho do programa de microcrédito rural do BNB foi um dos destaques da 54ª Reunião Anual da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Alide), realizada na última semana, em Fortaleza.

“Percebe-se, entre os clientes do Agroamigo, a melhoria da renda e consequente diminuição da pobreza. Além disso, o programa contribui para a redução do êxodo rural. Tudo isso indica o êxito do Banco do Nordeste no apoio à realização dos sonhos dos clientes”, afirmou o superintendente de Agronegócio e Microfinança Rural do BNB, Luiz Sérgio Farias Machado.

Em 2023, o Agroamigo se consolidou como maior programa de microcrédito rural da América do Sul, com R$ 5,67 bilhões contratados. De acordo com o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste, Etene, área de pesquisa do BNB, os valores contribuíram para um aumento de R$ 2,12 bilhões na massa salarial, R$ 1 bilhão na arrecadação tributária, R$ 13,7 bilhões no valor bruto da produção e R$ 7,7 bilhões no valor adicionado à economia da região.

Segundo o superintendente Luiz Sérgio, a percepção de melhoria nas condições socioeconômicas das famílias dos produtores cresce proporcionalmente ao tempo de exposição ao programa. Uma pesquisa realizada pelo Banco do Nordeste mostrou que 95,6% dos novos clientes relataram aumento de renda, índice que sobe para 99,3% entre os clientes mais antigos, com mais de cinco anos de programa.

A 54ª Reunião Anual da Alide reuniu mais de 250 pessoas de 26 países, com workshops, painéis e palestras sobre inclusão financeira e social, redução de desigualdades regionais, financiamento de infraestrutura, sustentabilidade e inovação. O evento foi organizado pela Alide, com apoio do BNB, BNDES, Governo do Ceará e Entrepay.

Financiamento muda a realidade de família em Hidrolândia

Um exemplo de sucesso com o Agroamigo é a história de Sheilane Maria Rodrigues Magalhães, produtora de queijos em Hidrolândia, Ceará. Ela iniciou sua jornada há 15 anos, quando decidiu apostar na produção de queijos. Sem experiência prévia, Sheilane aprendeu a fabricar queijo coalho com a orientação do esposo.

“A princípio, eu não sabia fazer e nem gostava de comer queijo, mas meu marido me ensinou e rapidamente eu aprendi”, conta Sheilane. A produção começou de forma rudimentar, mas logo chamou a atenção pela qualidade.

Sheilane participou de diversos cursos no Senai e Sebrae, aprimorando suas técnicas e aprendendo novas formas de produção e cura de queijos. Com o financiamento do Agroamigo, ela e seu marido conseguiram trocar seu gado por vacas de maior produtividade e investir em uma estrutura adequada para a produção de queijos, separada da casa.

“Eu pesquisei muito e testei diversas formas de melhorar a produção. Quando errava, procurava ajuda até acertar. Meu queijo se chama PELEJA porque reflete todo o esforço e dedicação que investimos,” explica Sheilane. Hoje, ela faz parte de grupos de queijeiros em todo o Brasil e continua a inovar em sua produção.

A produtora começou a utilizar o Agroamigo em 2017, com um financiamento inicial de R$ 5 mil e desde então vem renovando suas operações para continuar investindo na agroindústria, que se tornou a principal fonte de renda da família.

 

 

IMPRENSA – Banco do Nordeste

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